sexta-feira, 30 de novembro de 2012



 Biografia  

 Gabriel Chalita                   

Nasceu em 30 de Abril de 1969, em Cachoeira Paulista na cidade São Paulo, aos 12 anos se descobriu como escritor e aos 15 escreveu umas coleções destinadas a crianças em idade de catequese.
 Possui 54 obras tituladas, desde livros didáticos até livros que tratam da ética e a filosofia. É doutor em filosofia do direito e em comunicação e semiótica, mestre em direito e em ciências sociais. Foi vereador e presidente da Câmara Municipal de Cachoeira Paulista e atuou em diversas ONGs.
 Atualmente, é professor do programa de graduação e pós graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e da Universidade Presbiteriana Mackenzie também é palestrante nas  áreas de filosofia,ética,relações pessoais e educação.É membro da  Academia Brasileira de Educação e  da Academia Brasileira de Letras.
Além disso, apresenta  o programa de rádio e TV “Papo Aberto” ,por fim exerce o seu mandato como deputado federal.

Algumas de suas obras:

                                   


            

     


    

    


                                        



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lIVRO EDUCAÇÃO:
A SOLUÇÃO ESTÁ NO AFETO

O autor propõe uma educação revolucionária voltada para o afeto para quebrar o paradigma da indiferença permeada pela relação educador-educando. Propondo que a compreensão é importante na formação de cidadãos capazes de intervir com reflexões e ações no meio o qual estão inseridos, e assim colaborar para a construção de uma sociedade que saiba lutar por justiça e  pela democracia.

O autor aponta a família como uma entidade ameaçada já que ela é que é o órgão inicial da  nossa educação  onde a criança e o jovem que não são norteados por valores, pela ética, que não têm a formação de caráter no seio familiar certamente terão dificuldade em compreender o sentido do respeito e do afeto dispensados aos outros.


Os pais perderam os princípios da formação intelectual e emocional de seus filhos.Em busca de melhores recursos para sustentar a família os pais deixam os filhos com pessoas que as vezes não são preparadas e para ressarcir essa falta enchem os filhos de presentes que muitas vezes são desnecessários, estimulando o consumismo ou as vezes estimulam os filhos em processos de competição apresentando um modelo padrão a ser seguido:ser forte, ser respeitado significa ser o melhor em tudo. Enquanto o interessante é mostrar o ser humano em sua essência, eu devo respeitar o meu semelhante e a mim mesmo como alguém cheio de potencialidades ,mais com várias limitações, devo aprender a conviver com as diferenças: externas e internas.Não é porque alguém conseguiu ser melhor que eu,em determinada situação que sou um fracassado, ou ao contrário.Devo aprender a vibrar com a vitória do outro.



A ausência dos pais na formação dos filhos causa a culpa que é amenizada com o famoso "sim”. A falta de limite de orientação de um "não" firme vai colaborar na formação de um adolescente transgressor que em sua inconsequência será capaz de agredir o fraco, atear fogo em um mendigo, espancar uma mulher e dar uma justificativa medíocre, que pensava se tratar de uma prostituta.O limite é um ato de amor e respeito.Os pais que orientam colocam regras conseguem formar seres humanos.Ao contrário de outros que estão formandos verdadeiros monstros.


Precisamos de uma escola que prepara o educando para assumir o seu papel de cidadão livre da escravidão e alienação, capaz de criar e recriar sem necessidade de robotizar-se,capaz de superar as dificuldades,apto à mudanças e diferenças sem se sentir ameaçado.

O professor nesse processo é a essência, nele está inserida a esperança de uma educação fundamentada no amor e no respeito no relacionamento do educador-educando, o sentimento do amor ou ódio,apatia ou empatia, terá grande influência no processo ensino- aprendizagem. 

O professor deve promover a busca pela autonomia,respeitar a opinião do educando e reconhecer suas potencialidades.Saber que não existe um ser vazio o educando traz consigo conhecimentos, ele tem sua história e faz parte da história dos outros. Reconhecer que o processo de ensino-aprendizagem vai além dos muros da escola. O professor não é o detentor do conhecimento, portanto não pode ser o transmissor deve intermediar, fazer intervenções mostrando o caminho.Ora caminhando junto, ora permitindo que o aluno caminhe só, mais com a segurança de quem tem o mestre bem próximo,no caso de precisar é só estender a mão.

O educador deve ter prazer, paixão, deve vibrar com as conquistas do educando. Jesus foi o melhor modelo de mestre, todos queriam aprender com ele: olhos arregalados, ouvidos atentos, Jesus fascinava,encantavam cativava. Teve autoridade sem ser autoritário. Conquistava a multidão que permanecia com ele, olhava nos olhos, chamava pelo nome, conhecia as fraquezas e respeitava a história de vida de cada um. Ninguém era obrigado a seguir Jesus, o seguiam por que ele os encantava, amava e permitia ser amado.


Ser um professor empenhado com a educação basead
a no afeto com certeza a ferramenta essencial para a formação desse profissional tão importante desde os primórdios da nossa sociedade.



Os tipos de professor segundo Gabriel Chalita


PROFESSOR ARROGANTE

Ele se acha o detentor do conhecimento. Fala de si o tempo todo e coloca os alunos em um patamar de inferioridade. Ao menor questionamento, pergunta quantas faculdades já fez o aluno, se já escreveu algum livro, se já defendeu teses, para se mostrar superior. Gosta de parecer um mito; teima em propalar, às vezes inventando, os elogios que recebe em todos os congressos dos quais participa; conta histórias a respeito de si mesmo para mostrar quanto é competente e querido. Não gosta de ser interrompido, não presta atenção quando algum aluno quer lhe contar um feito seu. Só ele interessa; só ele se basta.


PROFESSOR INSEGURO
 

Tem medo dos alunos; teme ser rejeitado, não conseguir dar aula, não ser ouvido porque acha que sua voz não é tão boa. Não sabe como passar a matéria apesar de ter preparado tudo; acha que talvez fosse melhor usar outro método; teme que os   com eles, receia também a direção da escola, os outros professores e se vê paralisado, com seu potencial de educador inutilizado. 


PROFESSOR LAMURIANTE 

O professor lamuriante reclama de tudo o tempo todo. Reclama da situação atual do país, da escola, da falta de participação dos alunos, da falta de material para dar um bom curso, do currículo, das poucas aulas que tem para ministrar sua matéria. Passa sempre a impressão de que está arrasado e não encontrar prazer no que faz. Às vezes se aproveita da condição de professor e usa a turma para fazer terapia. Fala do filho, da filha, da empregada, da cozinheira, da ingratidão de amigos etc. Mais uma vez, se trata do abuso da platéia cativa.

 
PROFESSOR DITADOR

É aquele que não respeita a autonomia do aluno. Trabalha como se fosse um comandante em batalha; exige disciplina a todo o custo. Grita e ameaça. Não quer um pio, zela pela sala como se fosse um presídio; ninguém pode entrar atrasado nem sair mais cedo; ninguém pode ir ao banheiro, é preciso disciplinar também as necessidades fisiológicas. Dia de prova parece também dia de glória: investiga aluno por aluno, proíbe empréstimo de material, ameaça quem olhar para o lado. Tem acessos de inspetoria higiênica, investiga as unhas das mãos e os cabelos. Grita exigindo silêncio quando o silêncio já reinava desolado na sala.

  
PROFESSOR BONZINHO
 

Diferentemente do ditador, o bonzinho tenta forçar amizade com o aluno. Gosta de dizer quanto gosta dos alunos. Traz presentes, dá notas altas indiscriminadamente. Seus alunos decidem se querem a prova com ou sem consulta, em grupo ou individualmente, depois propala sua generosidade. Às vezes ainda tem a audácia de se comparar aos colegas, afirmando que os outros professores não fariam isso. Durante a prova responde as questões para os alunos, para que não fiquem tristes, para que não tirem nota baixa. Concede outra chance e dá outra prova para quem foi mal, idêntica à anterior só para tirar uma nota bem boa. Pede desculpa quando a matéria é muito difícil e só falta pedir desculpa por ter nascido.

 
PROFESSOR DESORGANIZADO
 

Esse aparece em aula sem a menor ideia do que vai tratar. Não lê, não prepara as aulas, não sabe a matéria e se transforma em um tremendo enrolador. Sua desorganização é aparente: como não faz planejamento, não sabe o tipo de tarefa que vai propor, então inventa na hora e na aula seguinte não se lembra de cobrar os alunos nem comenta sobre o que havia pedido. Como não sabe o que vai ministrar, põe-se a conversar com os alunos e a discutir banalidades. De repente, para dinamizar a aula, resolve promover um debate: o grupo A defende a pena de morte, o grupo B será contrário à pena de morte, sem nenhum preparo anterior, nenhum subsídio contra ou a favor. 
PROFESSOR OBA-OBA Tudo é festa! Esse tipo adora as dinâmicas em sala. Projeta muitos filmes, leva algumas reportagens; faz com que os alunos saiam da sala para observar algum fenômeno na rua ou no céu, fala em quebra de paradigmas, tudo conforme pregam os chamados consultores de empresas, mas sem amarração, sem objetividade.

 
PROFESSOR LIVRESCO 

Ao contrário do oba-oba, o professor livresco tem uma vasta cultura. Possui um profundo conhecimento da matéria, mas não consegue relacioná-la com a vida. Ele entende de livros, não do cotidiano. Além disso, não utiliza dinâmica alguma, não muda a tonalidade da voz, permanece o tempo todo em apenas um dos cantos da sala e suas ações são absolutamente previsíveis. Todos sabem de antemão como vai começar e como vai terminar a aula; quanto tempo será dedicado para a exposição da matéria, quanto tempo para eventuais questionamentos. Não importa se o aluno está acompanhando ou não seu raciocínio, ele quer dizer tudo o que preparou para ser dito. 


PROFESSOR "TÔ FORA" 

Ele não se compromete com a comunidade acadêmica. Não quer saber de reunião, de preparação de projetos comuns, de vida comunitária. Nem festa junina, nem gincana cultural ou esportiva, nem festa de final de ano. Ele dá sua aula e vai embora. Muitas vezes é até bom professor, mas não evolui sua relação social nem o conteúdo interdisciplinar porque não está presente. Alguns são arrogantes a ponto de achar que não têm o que aprender, que estão acima dos outros professores e portanto não vão ficar discutindo bobagens. 


PROFESSOR DEZ QUESTÕES 

Para sua própria segurança, o professor "dez questões" reduz tudo o que ministrou num só bimestre a um determinado número de questões: dez, nove, 15, não importa. Ele geralmente passa toda a matéria no quadro-negro ou em forma de ditado. Quando há livro, pede que os alunos leiam o que está ali e façam resumo ou respondam às questões. Corrige, se necessário, questão por questão. Geralmente as questões não são relacionais, não são críticas. No campo das ciências exatas, o aluno deve decorar as fórmulas para a solução dos problemas. E no fim do bimestre o professor apresenta algumas questões que os alunos devem decorar para a prova. Em sua "generosidade" avisa que dessas dez questões vai usar apenas cinco na prova. Ou alunos decoram ou, se forem mais astutos, colam; acabada a prova, joga-se fora a cola ou joga-se fora da memória aquilo que foi decorado. No outro bimestre, como o ponto é outro, haverá outras dez questões para ser decoradas e assim sucessivamente: a aprendizagem não significou nada a não ser algumas técnicas de memorização e de burla.

 
PROFESSOR TIOZINHO 

"Tiozinho", no sentido depreciativo, é aquele professor que gasta aulas e mais aulas dando conselhos aos alunos. Trata-os como se fossem seus sobrinhos, quer saber tudo sobre a vida deles, o que fazem depois da escola, aonde vão, os lugares que freqüentam e emite opiniões em assuntos de cunho privado que absolutamente não competem a ele. O professor tiozinho de sente um pouco psicólogo também, e maus psicólogo, é claro. Começa desde logo a diagnosticar os problemas dos alunos e se acha qualificado para isso.

 
PROFESSOR EDUCADOR 

O professor que se busca construir é aquele que consiga de verdade ser um educador, que conheça o universo do educando, que tenha bom senso, que permita e proporcione o desenvolvimento da autonomia de seus alunos. Que tenha entusiasmo, paixão; que vibre com as conquistas de cada um de seus alunos, não descrimine ninguém, não se mostre mais próximo de alguns, deixando os outros à deriva. Que seja politicamente participativo, que suas opiniões possam ter sentido para os alunos, sabendo sempre que ele é um líder que tem nas mãos a responsabilidade de conduzir um processo de crescimento humano, de formação de cidadãos, de fomento de novos líderes. 


Frases e reflexões do autor

“... Quem gosta de viver não tem preguiça de reinventar, nem medo de ousar. Quem gosta de viver não tem medo de ternura, da gentileza, do amor. Quem gosta de viver, educa!...”

Gabriel Chalita

" Em todas as circunstâncias da vida o equilíbrio, a serenidade fazem muito bem!"


Gabriel Chalita





Galeria de vídeo










Componentes:

Ana Paula Gentil
Elisângela de Jesus Silva Santos
Erica Rodrigues Pinto
Janice de Araújo Gonçalves
Marilene Gama Leal da Fonseca
Priscila Santos Moreira
Tatiane Silva Gomes  

Referencias:

Chalita, Gabriel, Educação:A solução está no afeto/São Paulo:Editora Gente, 2001 1ªed.


http://blog.cancaonova.com/gabrielchalita/biografia/


https://www.youtube.com/watch?v=dEql5QuiY3Y


https://www.youtube.com/watch?v=_D3cjqzMmCE



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